quarta-feira, 15 de julho de 2009

O Teste de DNA: somos filhos de Deus?

Ao perlustrarmos pelas páginas brilhantes e marcantes do Novo Testamento, encontramos uma das maiores revelações: "Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fossemos chamado filhos de Deus". (1 João 3.1).

Contudo, essa verdade tem mão dupla. Ao mesmo tempo em que é tremendo ouvirmos isso, é desconcertante descobrirmos que tudo o que fazemos e somos pode provar justamente o contrário.

Ora, como podemos dizer que somos filhos de Deus, se não temos nada em comum com o Pai? As Letras Sagradas não podem mentir: “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. (1 João 2.6).

João, então, acrescenta que "nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão" (1 João 3.10). Ou seja, o DNA de Deus contém justiça e amor.

Façamos o teste de DNA em quatro laboratórios diferentes: Mateus, Marcos, Lucas e João. O exame é simples: compararemos as nossas ações com as ações de Jesus, o Primogênito de toda a criação e dentre os mortos (Colossenses 1.15 e 18).

Jesus serviu os homens, sem deixar de ser Senhor; mostrou repúdio pelo pecado, mas sempre amando incondicionalmente o pecador, e mais! Em lugar de contaminar-se com os impuros, Ele purificava os impuros e os chamava ao seu convívio.

Agora, vejamos as nossas ações: queremos ser servidos, mas nunca servir; chamamos ao nosso convívio aqueles que têm algo a nos oferecer, mas nunca alguém que podemos oferecer alguma coisa.

Certa vez, ouvi uma pregação de um pastor que tinha recebido em sua igreja várias pessoas que foram excluídas de suas antigas congregações por terem cometido algum tipo de "pecado escandaloso". Ele assertivamente exclamou: "em mais de vinte anos de ministério, já vi pessoas serem excomungadas de suas igrejas por vários motivos. Mas, nunca vi ninguém ser excluído por falta de amor!".

O mais engraçado é que João, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu: “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si”. (1 João 3.15).

Mark Twain, escritor americano, estava certo ao afirmar que "a Bíblia nos ensina a amar o próximo e, também, a amar nossos inimigos. Provavelmente porque eles, em geral, são as mesmas pessoas".

Qual foi o resultado do teste: afirmativo ou negativo? Certamente precisamos nascer de novo!

Que Deus nos abençoe!

Imediatismo: o arquiinimigo da excelência


Antigamente, para se ter uma notícia levava-se dias, meses e até anos. Hoje, basta o clique do mouse. Antes, nossos lentos meios de transportes eram cavalos, bicicletas e calhambeques. Agora, há carros velozes, trens-bala e jatinhos. Tudo ficou mais rápido, ágil e eficaz devido aos avanços tecnológicos.

De certa forma, parece que todo esse avanço tem nos afetado drasticamente: tudo tem que acontecer imediatamente e não há tempo para esperar. Ademais, temos a sensação de que tudo está passando num piscar de olhos e, assim, alguns cristãos concluem que os dias estão sendo abreviados.

Como resultado, alguns jovens movidos pelo imediatismo, alistam-se nos seminários e nas agências missionárias com pouca experiência de vida, sem profissão e sem nunca ter trabalhado. Pasmem! Alguns não chegaram nem a ler o Novo Testamento. Mas crêem cegamente que, ao término do curso, serão "os pastores" e "os missionários" que salvarão o mundo.

Quando concluí um curso missionário na JOCUM, muitos colegas me questionaram por não ficar na base, servindo em tempo integral. Simplesmente entendi que uma faculdade e o tão sonhado seminário teológico seriam necessários.

Ouvi, muitas vezes, o mesmo clichê de alguns missionários: “você perdeu a visão!” Na época, um irmão mais chegado me disse: “cara, não há mais tempo para isso, Jesus vai voltar. Vamos fazer missões!”
Pois bem! Presentemente, o que mais testemunho é a volta de missionários de suas bases. Adivinha por quê? A fim de correr atrás do tempo perdido. Infelizmente, as nações estão cheias de “evangelistas” que só pregam suas experiências pessoais e dançam.

A necessidade do campo é bem mais ampla. Precisa-se de médicos, advogados especializados em direito internacional, enfermeiras e teólogos capazes de ensinar o povo a interpretar corretamente as Sagradas Escrituras.

Se você quer fazer a obra de Deus com excelência, invista em seu chamado. Estude outros idiomas, faça um curso universitário ou profissionalizante e, principalmente, sirva a sua igreja com os talentos que Deus lhe deu. Pois, se você não faz nada em sua própria igreja, não pense que vai fazer coisas mirabolantes fora dela.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;...” Ec. 3.1-2.
Que Deus nos abençoe!

terça-feira, 14 de julho de 2009

"Eu não acredito em Deus! Se Deus existisse, não haveria fome na África", disse o reitor.

Quem nunca ouviu uma declaração desse tipo? Infelizmente, essa foi a declaração que uma amiga ouviu do reitor da universidade onde estuda.

Certa vez, estava evangelizando um jovem e ouvi uma que me deixou de cabelo em pé: "Camarada, eu não mato ninguém. Eu só aperto o gatilho; quem mata é Deus". Permita-me dizer algumas coisas.

Frases desse nível mascaram o verdadeiro responsável pelas mazelas do mundo: o próprio homem. Como já dizia Thomas Hobbes: "O homem é o lobo do homem". Essas palavras absurdas denunciam, também, uma profunda falta de compreensão da natureza divina e sua Palavra e, principalmente, um desconhecimento total de nossas responsabilidades para com o próximo e o mundo.

Moisés, inspirado por Deus, escreveu: "Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado, e lhe enfraquecerem as mãos, sustenta-lo-ás; como estrangeiro e peregrino viverá contigo". (Lv. 25.35).

O próprio Filho de Deus disse: "... Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim." (Mt. 25.31-46).

Imagine só, se a moda pega: eu não acredito em reitores! Se reitores de universidades existissem, não existiriam pessoas sem formação universitária no Brasil. Não acredito em barbeiros! Se barbeiros existissem, não existiriam pessoas barbudas e cabeludas pelas ruas!

Pois é! Talvez isso explique a causa do ateísmo de muitos. Conheçamos bem as Sagradas Escrituras, pois acharemos nela um Deus de amor que não desiste de pessoas tão miseráveis, destrutíveis e arrogantes como nós!

Lembremos que a cada abrir de olhos, Deus nos dá uma nova oportunidade de fazer tudo diferente.

"Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus". (Mt. 22.29).

"Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Cristo". (Rm. 10.17).

Que Deus nos abençoe!