sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre Casamento e Amor


"Não é bom que o homem esteja só
Far-lhe-ei uma companheira
que lhe seja suficiente".
Gênesis 2.18

Texto de EdRené Kivitz

Venho me perguntando o que faz as pessoas optarem pelo casamento se contam com outras alternativas para a vida a dois. A justificativa mais comum para o casamento é o amor. Mas devemos considerar que amor é uma experiência cuja definição está em xeque não apenas pela quantidade enorme de casais que ''já não se amam mais'', como também pelo número de pessoas que se amam, mas não conseguem viver juntas.

Talvez por estas duas razões - o amor eterno enquanto dura e o amor incompetente para a convivência - nossa sociedade providenciou uma alternativa para suprir a necessidade afetiva das pessoas: relacionamentos temporários em detrimento do modelo indissolúvel. Mas, mesmo assim, o número de pessoas que optam pelo casamento em sua forma tradicional, do tipo ''até que a morte vos separe'' cresce a cada dia.

Acredito que existe uma peça do quebra cabeça que pode dar sentido ao quadro. Trata-se da urgente necessidade de desmistificar este conceito de amor que serve de base para a vida a dois. Afinal de contas, o que é o amor conjugal? Para muitas pessoas, o amor conjugal é confundido com a paixão. Paixão é aquela sensação arrebatadora que nos faz girar por algum tempo ao redor de uma pessoa como se ela fosse o centro do universo e a única razão pela qual vale a pena viver. Esta paixão geralmente vem acompanhada de uma atração quase irresistível para o sexo, e não raras vezes se confunde com ela. Assim, palavras como amor, paixão e tesão acabam se fundindo e tornando-se quase sinônimas.

Este conceito de amor justifica afirmações do tipo ''sem amor nenhum casamento sobrevive'', ''sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena'', ''é o sexo apaixonado que dá o tempero para o casamento''.

Minha impressão é que todas estas são premissas absolutamente irreais e falsas. Deus justificou a vida entre homem e mulher afirmando que não é bom estar só. Nesse sentido, casamento tem muito pouco a ver com paixão arrebatadora e sexo alucinante. Casamento tem a ver com parceria, amizade, companheirismo, e não com experiências de êxtase. Casamento tem a ver com um lugar para voltar ao final do dia, uma mesa posta para a comunhão, um ombro na tribulação, uma força no dia da adversidade, um encorajamento no caminho das dificuldades, um colo para descansar, um alguém com celebrar a vida, a alegria e as vitórias do dia-a-dia. Casamento tem a ver com a certeza da presença no dia do fracasso, e a mão estendida na noite de fraqueza e necessidade. Casamento tem a ver com ânimo, esperança, estímulo, valorização, dedicação desinteressada, solidariedade, soma de forças para construir um futuro satisfatório. Casamento tem a ver com a certeza de que existe alguém com quem podemos contar apesar de tudo e todos ... a certeza de que, na pior das hipóteses e quaisquer que sejam as peças que a vida possa nos pregar, sempre teremos alguém ao lado.

Nesse sentido, não é certo dizer que sem amor nenhum casamento sobrevive, mas sim que sem casamento nenhum amor sobrevive. Não é certo dizer que sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena, mas sim que sem relacionamento nenhuma paixão vale a pena. Não é o sexo apaixonado que dá o tempero para a vida a dois, mas a vida a dois que dá o tempero para o sexo apaixonado. Uma coisa é transar com um corpo, outra é transar com uma pessoa. Quão mais valiosa a pessoa, mais prazeroso e intenso o sexo. Quão menos valorizada a pessoa, mais banal a transa.

Assim, creio que podemos resumir a vida a dois, entre homem e mulher, conforme idealizada por Deus, em três palavras que descrevem um casal bem sucedido...

Um casal bem sucedido é um par de amantes.
Um casal bem sucedido é um par de amigos.
Um casal bem sucedido é um par de aliados.

São três letras A que fornecem a base de uma relação duradoura. Amante se escreve com A. Amigo se escreve com A. Aliado se escreve com A. E não creio ser mera coincidência o fato de que todas as três, amante, amigo e aliado, se escrevem com A... A de AMOR.

http://www.guiame.com.br/m19.asp?cod_noticia=32432&cod_pagina=1686&titulo=Sobre-casamento-e-amor

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Paz de Deus Transcende as Circunstâncias

A paz de Deus não é uma negação da realidade. Ele deseja que enfrentemos a realidade com a nossa fé e com uma paz duradoura em nossos corações. A paz de Deus também não é uma fuga da realidade. A paz é um alicerce em rocha firme e não importam as lágrimas que derramemos ou a dor que sintamos, lá no fundo sabemos com uma segurança permanente que Deus está conosco...

A Paz de Deus Excede todo o Entendimento:

...A paz que nos é dada por Deus é algo que você não precisa necessariamente entender. Nem sempre conseguimos entender como ela opera em nossa vida.

...A paz de Deus opera em nós - ela opera em nós e nos está disponível — ela está muito além de nossa capacidade de compreendê-la.

A Paz de Deus Deve Ser um Estado de Espírito Permanente:

...Os problemas podem chegar repentinamente e nos pegar desprevenidos. A nossa resposta imediata pode ser o pânico, a ansiedade e o medo. A figura da paz, no entanto, nos dá rapidamente uma força que cresce em nosso interior [...] Essa força é o próprio Espírito Santo, que fala de paz ao coração humano, assegurando ao crente: “Estou aqui. Ainda estou no comando. Nada está além do meu poder ou me foge ao conhecimento. Eu estou contigo. Não temas”.

Os servos de Deus não estão imunes às circunstâncias difíceis ou perturbadoras. A promessa que eles têm é a de que o Espírito Santo estará sempre presente para lhes ajudar, de modo que um problema não precise arrancá-los de sua base ou lançá-los em um redemoinho. Um problema poderá ser apenas um ‘pico’ em sua vida. A paz - profunda, genuína, dada por Deus — poderá ser o padrão no qual você viverá o seu cotidiano.

Se você sente paz somente em situações ocasionais — por exemplo, somente nos finais de semana, nas férias ou em momentos de pausa em relação aos seus afazeres cotidianos — você está vivendo a sua vida de uma maneira diferente daquela que Deus pretendia.

A vontade de Deus é que você sinta uma paz permanente em todo o tempo, uma paz que inclui a alegria e um sentimento de propósito em todas as áreas de sua vida — com os períodos de ansiedade ou de frustração sendo os ‘picos’ que ocasionalmente nos atingem em tempos de crise.

É claro e simples: uma alma perturbada não é o padrão desejado por Deus para a sua vida, mas sim um coração ancorado na paz.

STANLEY, Charles. Paz: um maravilhoso presente de Deus para você. RJ:CPAD, 2004, p.34,33,37,40 e 41.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Relacionamentos: do ideal ao real.

Quando somos adolescentes, nossos relacionamentos são marcados pelos extremos: amamos com toda a nossa força e, também, odiamos com todo o nosso furor. Acreditamos que existem pessoas e instituições perfeitas, e assim começamos a criar ideais elevados de amizade, igreja e líderes espirituais.

Todavia, ao chegarmos à juventude, esse cenário começa a mudar do “idealizado fantasioso” para a “realidade latente”. Ou seja, o mundo das limitações humanas se descortina ante os nossos olhos e as decepções tornam- se parte do nosso dia-a-dia. Porém, devemos nos perguntar o seguinte: as pessoas nos decepcionaram ou nos decepcionamos com nossas próprias projeções fantasiosas sobre o outro?

Se ainda não compreendemos que todas as pessoas falham e continuarão falhando, nunca estaremos prontos a nos submeter e nem mesmo aptos para liderar. Nunca seremos capazes de enfrentar um relacionamento intenso como o casamento e nem mesmo preparados para experimentar uma amizade de verdade, pois ainda não adquirimos maturidade o suficiente e a humildade necessária para vermos que as falhas que as pessoas cometem contra nós, são as mesmas que cometemos contra elas.

A verdade é que somos misericordiosos para com os nossos próprios erros, mas extremamente intolerantes com os erros dos outros. Como bem disse o Reverendo Edson recentemente em um sermão: “quando eu falo o que penso, sou sincero; mas quando o outro fala, ele é grosso. Isto é, o defeito do outro é sempre uma qualidade em mim”. Talvez isso explique o porquê de muitas pessoas viverem solitárias e criando máximas, tais como: “quanto mais conheço as pessoas, mais eu amo os animais”.

Finalizando, em nossos relacionamentos nos é oportunizada a prática do que Cristo nos ensinou: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores”. Ora, só aquele que é muito perdoado, muito pode perdoar; só aquele que compreende as suas próprias limitações é capaz de compreender as limitações do outro.

Irmãos, Deus nos chamou para perdoar mais e condenar menos.

“Rogo-vos,..., que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (Efésios. 4.1-3).

“Reflexões sobre a morte e o morrer”


Todos os dias, sonhamos com grandes projetos, realizações e conquistas. Planejamos comprar a casa própria, o carro do momento, fazer uma faculdade que nos dê projeção e, é claro, casar com alguém muito especial.

No entanto, é interessante notar que sempre estamos nos preparando para um futuro totalmente incerto, mas nunca estamos preparados para aquilo que é inevitável, certeiro e determinado a todos nós: a morte.

Para o naturalista, a morte é a extinção da personalidade e da individualidade; para o existencialista, é o fim de tudo; todavia, para o cristão, é a porta de entrada para a vida eterna com Deus. Apesar disso, quando alguém querido está em profundas dores no hospital, não pensamos duas vezes em pedir a Deus que o cure.

Aliás, nessas horas, nem passa pelas nossas mentes limitadas que o plano de Deus seja conduzir o moribundo à Eternidade. Para alguns, isso pode parecer falta de fé! Mas quem disse que aqui é o melhor lugar para se estar? Então, às vezes, tenho a impressão de que somos existencialistas e naturalistas na prática e cristãos na teoria.

Certa vez, quando estudava no colégio Instituto Metodista de Petrópolis, a professora de religião veio nos contar que um dos nossos colegas havia falecido naquela manhã. Ela repetiu as últimas palavras dele a sua mãe: “Mãe, não chore, não! Eu estou indo me encontrar com Jesus”. Começou a cantar um hino de adoração e expirou.

Há algum tempo, minha mãe me ligou, para me avisar que o Bispo da Igreja Metodista Wesleyana havia falecido. Antes da sua partida, muitos o visitaram para consolá-lo, não obstante eram eles que saíam consolados e abençoados. Cantando hinos e dizendo que estava indo se encontrar com Jesus, partiu gloriosamente.

Recentemente, o pai de um amigo de seminário faleceu. Um homem exemplar. Missionário há mais de 40 anos. Uma vida dedicada às coisas do alto. Antes de sua partida, ele falou para sua esposa o seguinte: “sonhei essa noite que Jesus vinha me buscar. Ele é lindo!”.

Nessas experiências de morte, percebi que o mais importante não é quantos anos vivemos ou de que forma morremos – acidente, doença ou morte natural. Mas, sim, como vivemos, para que vivemos e para quem vivemos.

William Wallace, certa vez, disse: “todo homem morre, mas nem todo homem vive”. O apóstolo Paulo, no entanto, foi muito mais além ao nos apresentar uma causa maior: “... se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor”. (Romanos 14.08).

Estejamos sempre VIVOS e que Deus nos abençoe!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Igreja do Século XXI: Satisfação, Consumo e Felicidade.


Todos os dias, a fim de nos fazer consumir, os meios de comunicação descortinam ante os nossos olhos um pomposo espetáculo. Os produtores artísticos desse show arquitetam cuidadosamente formas atraentes, embalagens apelativas e frases de impacto que visam nos seduzir completamente.

Então, pergunto-me todos os dias: será que tudo aquilo que se compra e se vende é de real importância para a minha sobrevivência? Preciso de toda essa pompa? Tenho certeza que não!

Todavia, a Pós-Modernidade traz em seu bojo as frustrações de uma Era passada. O homem precisa de algo para preencher o seu vazio existencial e encontrou refrigério no consumismo. Assim, aos poucos, nossas mentes são reprogramadas com os seguintes lemas: ter é melhor que ser, comprar é poder e a aparência vale mais que a essência.

Como conseqüência, vê-se emergir em nosso meio a "Igreja da Felicidade". O seu deus jamais diz não, pois teme entristecer os seus. A sua doutrina é culturalmente aceitável - capitalista e hedonista. Seus líderes pregam a satisfação pessoal como o fim último do viver de um crente. Nesse fogo cruzado, o jovem é atacado com ofertas freqüentes e estimulado a todo instante a ter agora, e pagar depois.

Talvez, isso explique o resultado de algumas pesquisas recentes, mostrando que dos cheques sem fundos que existem hoje no país, 47% têm a assinatura de alguém com menos de 30 anos.

A verdadeira satisfação não é poder comprar, mas desfrutar na íntegra o que Deus nos deu de graça: vida plena no meio de um mundo desértico.

Tomemos o velho conselho dado a um jovem de Deus: "Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes" (1Tm. 6.6-8).

Que Deus nos abençoe!