segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A Igreja do Século XXI: Satisfação, Consumo e Felicidade.
Todos os dias, a fim de nos fazer consumir, os meios de comunicação descortinam ante os nossos olhos um pomposo espetáculo. Os produtores artísticos desse show arquitetam cuidadosamente formas atraentes, embalagens apelativas e frases de impacto que visam nos seduzir completamente.
Então, pergunto-me todos os dias: será que tudo aquilo que se compra e se vende é de real importância para a minha sobrevivência? Preciso de toda essa pompa? Tenho certeza que não!
Todavia, a Pós-Modernidade traz em seu bojo as frustrações de uma Era passada. O homem precisa de algo para preencher o seu vazio existencial e encontrou refrigério no consumismo. Assim, aos poucos, nossas mentes são reprogramadas com os seguintes lemas: ter é melhor que ser, comprar é poder e a aparência vale mais que a essência.
Como conseqüência, vê-se emergir em nosso meio a "Igreja da Felicidade". O seu deus jamais diz não, pois teme entristecer os seus. A sua doutrina é culturalmente aceitável - capitalista e hedonista. Seus líderes pregam a satisfação pessoal como o fim último do viver de um crente. Nesse fogo cruzado, o jovem é atacado com ofertas freqüentes e estimulado a todo instante a ter agora, e pagar depois.
Talvez, isso explique o resultado de algumas pesquisas recentes, mostrando que dos cheques sem fundos que existem hoje no país, 47% têm a assinatura de alguém com menos de 30 anos.
A verdadeira satisfação não é poder comprar, mas desfrutar na íntegra o que Deus nos deu de graça: vida plena no meio de um mundo desértico.
Tomemos o velho conselho dado a um jovem de Deus: "Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes" (1Tm. 6.6-8).
Que Deus nos abençoe!
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