terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Relacionamentos: do ideal ao real.

Quando somos adolescentes, nossos relacionamentos são marcados pelos extremos: amamos com toda a nossa força e, também, odiamos com todo o nosso furor. Acreditamos que existem pessoas e instituições perfeitas, e assim começamos a criar ideais elevados de amizade, igreja e líderes espirituais.

Todavia, ao chegarmos à juventude, esse cenário começa a mudar do “idealizado fantasioso” para a “realidade latente”. Ou seja, o mundo das limitações humanas se descortina ante os nossos olhos e as decepções tornam- se parte do nosso dia-a-dia. Porém, devemos nos perguntar o seguinte: as pessoas nos decepcionaram ou nos decepcionamos com nossas próprias projeções fantasiosas sobre o outro?

Se ainda não compreendemos que todas as pessoas falham e continuarão falhando, nunca estaremos prontos a nos submeter e nem mesmo aptos para liderar. Nunca seremos capazes de enfrentar um relacionamento intenso como o casamento e nem mesmo preparados para experimentar uma amizade de verdade, pois ainda não adquirimos maturidade o suficiente e a humildade necessária para vermos que as falhas que as pessoas cometem contra nós, são as mesmas que cometemos contra elas.

A verdade é que somos misericordiosos para com os nossos próprios erros, mas extremamente intolerantes com os erros dos outros. Como bem disse o Reverendo Edson recentemente em um sermão: “quando eu falo o que penso, sou sincero; mas quando o outro fala, ele é grosso. Isto é, o defeito do outro é sempre uma qualidade em mim”. Talvez isso explique o porquê de muitas pessoas viverem solitárias e criando máximas, tais como: “quanto mais conheço as pessoas, mais eu amo os animais”.

Finalizando, em nossos relacionamentos nos é oportunizada a prática do que Cristo nos ensinou: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores”. Ora, só aquele que é muito perdoado, muito pode perdoar; só aquele que compreende as suas próprias limitações é capaz de compreender as limitações do outro.

Irmãos, Deus nos chamou para perdoar mais e condenar menos.

“Rogo-vos,..., que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (Efésios. 4.1-3).

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